sexta-feira, 16 de julho de 2010

10 razões para desenhar... ( Suzana M.Oliveira)

Em abono da verdade se diga que esta lista foi adaptada do texto Top Ten Reasons to be an Architect, no Life of an Architect. Experimentei substituir algumas das palavras e grande parte dos argumentos bate certo – o que me leva ao meu argumento final: se as 10 melhores razões para ser arquitecto/a são todas inversamente aplicáveis ao Desenho, então a grande motivação para se fazer arquitectura só pode estar ligada ao acto fundamental e fundador de desenhar. Elementar.

1- Desenhar é um estilo de vida e não um trabalho

2- As pessoas respeitam e apreciam quem desenha

3- Desenhar é uma actividade em constante evolução

4- Liberdade artística

5- Expressão pessoal

6- Valor da experimentação

7- Resultados e progressos tangíveis e observáveis

8- Ausência de riscos físicos e/ou psicológicos

9- Longevidade

10- Incrível variedade de aplicações

Para os do copo meio cheio, há também as Top Ten Reasons NOT to be an Architect, sem qualquer relação com o desenho mas antes com o dinheiro, as horas de trabalho e os clientes. Já se estava a espera.

A vida é muito curta, já dizia meu amigo.

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 27 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mario Quintana

Esse era o cara...

Poemas para todas as mulheres
Vinicius de Moraes

No teu branco seio eu choro.
Minhas lágrimas descem pelo teu ventre
E se embebedam do perfume do teu sexo.
Mulher, que máquina és, que só me tens desesperado
Confuso, criança para te conter!
Oh, não feches os teus braços sobre a minha tristeza não!
Ah, não abandones a tua boca à minha inocência, não!
Homem sou belo
Macho sou forte, poeta sou altíssimo
E só a pureza me ama e ela é em mim uma cidade e tem mil e uma portas.
Ai! teus cabelos recendem à flor da murta
Melhor seria morrer ou ver-te morta
E nunca, nunca poder te tocar!
Mas, fauno, sinto o vento do mar roçar-me os braços
Anjo, sinto o calor do vento nas espumas
Passarinho, sinto o ninho nos teus pêlos...
Correi, correi, ó lágrimas saudosas
Afogai-me, tirai-me deste tempo
Levai-me para o campo das estrelas
Entregai-me depressa à lua cheia
Dai-me o poder vagaroso do soneto, dai-me a iluminação das odes, dai-me o [cântico dos cânticos
Que eu não posso mais, ai!
Que esta mulher me devora!
Que eu quero fugir, quero a minha mãezinha quero o colo de Nossa Senhora!

domingo, 4 de julho de 2010

Amizades

A Família Que Escolhemos
Temos amigos que valem seu peso em ouro, e um ou dois parentes que não merecem o ar que respiram. Temos amigos, que são como se tivéssemos o mesmo sangue. Amigos que não se importam em ser agradáveis, mas em serem amigos de verdade. Amigos que te apoiam e te criticam. Mas que não te enganam, não criam discórdia, não te ferem com ferro quente (não intencionalmente). Amigos que admitem terem errado (pois todo mundo erra). Amigos que perdoam e pedem perdão. Amigos que às vezes te ligam só pra dizer um simples "Oi!", pra te perguntar como vão as coisas. Amigos, que mesmo calados, pensam em você e te desejam sorte onde quer que você esteja, seja no que for que você deseje. Amigos, que mesmo após anos sem te ver, ou nunca te terem visto pessoalmente, dão aquele abraço e dizem "Que bom te ver, meu amigo!".
Tenho uma família que não escolhi, e que apesar daqueles "um ou dois", é uma boa família. E tenho uma família que escolhi... os meus amigos. Tenhamos laços de sangue ou não, levo os bons em meu coração. Para os maus, a indiferença e o esquecimento. Ao menos até que reconheçam seus erros e encarem as responsabilidades de seus atos (isso se a sociedade já não lhes cobrar de forma ainda mais severa).